01 julho 2006

As quatro velas

Quatro velas estavam queimando calmamente. O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo que tratavam.

A primeira disse:

– Eu sou a Paz! Apesar de minha luz, as pessoas não conseguem manter-me, acho que vou apagar.

E diminuindo devagarinho, apagou totalmente.

A segunda disse:

– Eu me chamo ! Infelizmente sou muito supérflua. As pessoas não querem saber de Deus. Não faz sentido continuar queimando.

Ao terminar sua fala, um vento bateu levemente sobre ela, e esta se apagou.

Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:

– Eu sou o Amor! Não tenho mais forças para queimar. As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar, esquecem-se até daqueles à sua volta que os amam.

E sem esperar, apagou-se.

De repente... entrou uma criança e viu as três velas apagadas:

– Que é isto? Vocês deviam ficar acesas e queimar até o fim.

Dizendo isso, começou a chorar.

Então, a quarta vela falou:

– Não tenhas medo, criança. Enquanto eu queimar podemos acender as outras velas. Eu sou a Esperança!

A criança, com os olhos brilhantes, pegou a vela que restava e acendeu todas as outras.

Que a vela da esperança nunca se apague dentro de nós!


Um comentário:

Quem ama o Carlos F? disse...

Gostei imenso...faz-me continuar a ter a esperança de alcançar o meu grande amor...

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