21 julho 2006

Milho Bom

Conta a história que um fazendeiro bem sucedido, ano após ano ganhava o troféu "Milho Gigante", na feira de agricultura do município. Não dava outra; ele chegava à exposição com seu milho e saia com a faixa azul no peito. E seu produto era cada vez melhor.

Em uma dessas ocasiões, um repórter ao entrevista-lo após mais um prêmio, ficou intrigado com a informação do fazendeiro, de que compartilhava a semente de seu milho - de tanta qualidade - com seus vizinhos.

- Porque o senhor compartilha a sua melhor semente com seus vizinhos quando, a cada ano, eles estão competindo com o seu produto? - quis saber o repórter.

O fazendeiro pensou por alguns instantes, e respondeu:

- Você não sabe, mas o vento apanha o pólen do milho maduro e o leva de campo em campo. Se meus vizinhos cultivarem milho inferior a polinização degradará continuamente a qualidade do meu milho. Por isso, se eu quiser cultivar milho bom, de qualidade, eu tenho que ajudar meus vizinhos a cultivarem milho bom e de qualidade também.

O fazendeiro estava atento à conexão da vida: o milho cultivado por ele só poderia melhorar se o produto do vizinho também tivesse a qualidade melhorada.

Esse exemplo vale para todos, e em diversas dimensões da vida. Quem escolhe estar em paz, deve fazer com que seus vizinhos também estejam em paz. Quem quer viver bem, deve ajudar os outros para que também vivam bem. E quem quer ser feliz, deve fazer de tudo para que os outros também encontrem a felicidade. O bem estar de cada um está ligado ao bem estar de todos.

Que todos nós consigamos ajudar nossos vizinhos a cultivarem um milho cada vez melhor.

Adaptado do livro:
"As mais belas parábolas de todos os tempos" Vol I, pág. 104
Alexandre Rangel (org.)
Editora Leitura

01 julho 2006

As quatro velas

Quatro velas estavam queimando calmamente. O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo que tratavam.

A primeira disse:

– Eu sou a Paz! Apesar de minha luz, as pessoas não conseguem manter-me, acho que vou apagar.

E diminuindo devagarinho, apagou totalmente.

A segunda disse:

– Eu me chamo ! Infelizmente sou muito supérflua. As pessoas não querem saber de Deus. Não faz sentido continuar queimando.

Ao terminar sua fala, um vento bateu levemente sobre ela, e esta se apagou.

Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:

– Eu sou o Amor! Não tenho mais forças para queimar. As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar, esquecem-se até daqueles à sua volta que os amam.

E sem esperar, apagou-se.

De repente... entrou uma criança e viu as três velas apagadas:

– Que é isto? Vocês deviam ficar acesas e queimar até o fim.

Dizendo isso, começou a chorar.

Então, a quarta vela falou:

– Não tenhas medo, criança. Enquanto eu queimar podemos acender as outras velas. Eu sou a Esperança!

A criança, com os olhos brilhantes, pegou a vela que restava e acendeu todas as outras.

Que a vela da esperança nunca se apague dentro de nós!


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